segunda-feira, 8 de julho de 2013

Como começa uma criação de peixes Betas




PEIXE BETTA
 

Tradição


A criação do peixe betta pode ser realizada em qualquer lugar. Basta um aquário de pequenas dimensões, ou mesmo uma garrafa plástica de refrigerante cortada ao meio, para que o peixinho tenha espaço para se desenvolver.
A alimentação é ampla e pode ser feita pelo próprio produtor. São criados tanto como hobby quanto para obter um rendimento adicional no fim do mês.
Para fins comerciais, os grandes centros urbanos apresentam mais chances de obter sucesso na criação, embora a recomendação é de antes verificar a demanda regional.
Há grande procura e o preço, geralmente, é compensador. No atacado, o peixinho macho varia de três a seis reais e a fêmea sai na faixa de 50 centavos a três reais, dependendo da variedade, tamanho e tipo de cauda.
No varejo, os preços sobem até 15 reais o macho e cinco reais a fêmea. Entre os mais caros estão os que apresentam cores raras, diferentes, vivas e definidas, além de cauda longa, até maiores que o próprio corpo.
Dicas e curiosidades
 O peixe betta é resistente e não exige bombas de ar nos aquários. No entanto, é necessária a troca de água regularmente, pelo menos uma vez por semana. Basta uma esponja limpa e água corrente para se ter a melhor opção para a limpeza dos recipientes.
 Antes de comprar os casais de bettas, prepare o aquário. Deixe a água descansar por dois dias com as plantas decorativas. Aos poucos, misture a água do aquário com a do saquinho que contém o peixe, para obter gradativamente o mesmo pH e temperatura.
 É bom exercitar o peixe betta. Uma vez por semana, aproxime outro aquário com betta ou um espelho para o peixe abrir suas nadadeiras. Em caso de criação com recipientes que ficam lado a lado, use pedaços de cartolina ou papelão para obstruir a visão do betta.

Dados sobre investimentos
 Uma alternativa para baratear as instalações é o uso de garrafas PET cortadas, com 1,2 litro de água, em média. Pequenas lojas são os principais compradores dos iniciantes. Oferecerem preços menores, mas são mais fáceis de negociarem sem necessidade de manter produção freqüente.
• Investimento - 820 reais (dez casais).
 Equipamentos - 400 reais o aquecedor a gás.
• Instalações - 80 reais os dez aquários de 1,5 litro para reprodutores, mais 40 reais o aquário de 30 litros com filtro para manutenção das fêmeas.
• Preço dos peixinhos - cinco a 30 reais.
• Capital de giro - 25 reais.
• Ração - sete reais por mês para reprodutores; cinco reais por mês 100 gramas de ração para as larvas.
• Onde adquirir - Aquário Itaquera, tel. (11) 6525-8000; Netuno Aquarium, tel. (11) 3667-1869.
• Área - aquários com capacidade para um litro de água.
• Reprodução - 100 a 300 alevinos.
• Clima - entre 26 e 28 graus.
• Doenças - a bacteriose causada por Mycobacterium spp pode causar enriçamento de escamas, lesões profundas na pele, apatia e morte; fungos e protozoários atacam os peixes.



Mãos à obra
 Compre peixes parecidos em cor e tamanho, seis centímetros, com nadadeiras íntegras e sem feridas.
 Inicie com dez casais, cinco de cada cor. Cada macho precisará de um aquário, em local arejado e longe da luz direta do sol. Decore com plantas naturais, que ajudam a retirar substâncias nocivas. Coloque água sem cloro, com pH de sete.
 A reprodução ocorre a partir do oitavo mês e é feita em aquário grande. Acomode plantas aquáticas para o macho construir o ninho de bolhas de ar. Pedaços de isopor de dez por cinco centímetros, com ventosas para fixar nas laterais do recipiente, saem mais barato.
 Coloque primeiro o macho. Dois dias depois é a vez de a fêmea ir para o lado oposto do ninho durante dois dias. Após sua soltura, o macho pode bater um pouco nela, desde que não exagere.
 Após dar à luz, retire a fêmea e trate-a com antifúngico. O macho cuidará das centenas de crias até três dias da eclosão. Nos primeiros cinco dias, as larvas consomem o saco vitelino. Na fase de crescimento até três centímetros, são criados em tanque ou caixas-d'água.

Consultor: Fernando Stopato da Fonseca, zootecnista, pesquisador científico do Centro Avançado do Pescado Continental, ligado ao Instituto de Pesca, Caixa Postal 1052, São José do Rio Preto, SP, tel. em São Paulo (11) 3871-7549,fstopato@pesca.sp.gov.br
Mais informações: Eduardo Makoto Onaka, zootecnista, pesquisador científico do Centro Avançado do Pescado Continental, do Instituto de Pesca, Caixa Postal 1052, CEP 15025-970, São José do Rio Preto, SP, tel. (11) 3871-7549 São Paulo; Maurício Keniti Nagata, pesquisador científico do Instituto de Pesca de São Paulo, Av. Francisco Matarazzo, 455, Parque da Água Branca, CEP 05001-900, São Paulo, SP, tel. (11) 3871-7549

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